Vênus.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Sonhei com você sentada na beirada da cama. Usando um vestido preto longo, de alças, olhando pra mim delicadamente por cima dos ombros com um sorriso de mil significados. Todos os mil imorais.

Afastou os cabelos alaranjados do pescoço, inclinou a cabeça e fechou os olhos. Era o convite impossível de se negar. Sentei atrás de você segurando seus cabelos e cheirando lentamente sua nuca. Sua respiração perdeu o ritmo, um sorriso safado incontido foi substituído pela mordida dos lábio inferior, que escorregou lentamente até escapar de seus dentes e terminar com um suspiro.

Subi mais um pouco e beijei a sua orelha. Seu braço esquerdo inclinado pra trás levava a mão delicada que na emergência de dar vazão ao desejo que percorria seu corpo, apertava meus cabelos e pressionava minha cabeça.

Soltei delicadamente as alças do vestido, que deslizou pelo seu corpo pálido, decorado pela constelação de sardas de seus ombros. Com as mãos segurei suas coxas com determinação e abri suas pernas. O suspiro de tesão engasgou. Quando voltou, trouxe consigo o som da sua voz gemendo baixinho.

Repeti ao pé de seu ouvido a frase que você me falou, também ao pé do ouvido, da última vez que nos vimos. Algo tão sublime, particular e íntimo que não divido com ninguém. Você se levantou de sobressalto e terminou de tirar o vestido e a calcinha. Era como uma Vênus, completamente nua, com a mão tampando seus pentelhos e com os cabelos ruivos escorrendo pelo ombro esquerdo.

Uma Vênus tomada pelo tesão acumulado dos tantos anos de desejo não concretizado. Avançou com firmeza, me deitou na cama e tirou minha calça. Não se preocupou com os detalhes, não se preocupou com o carinho, não quis saber de nada.

Sentou em mim como se não houvesse amanhã. Deslizava pelo meu pau, segurando minhas mãos na lateral do meu corpo, subia e descia gemendo alto e me olhando nos olhos. Sorrindo, sem parar de cavalgar, me lembrou da aposta que fizemos a algum tempo. -Vamos ver quem aguenta mais qualquer dia desses. - Disse eu, sabendo que era uma aposta perdida.

E de fato era. Gozei de maneira plena, inadiável, desesperada. Ela, cansada pelo esforço deitou em cima de mim ofegando. Acariciou meu resto, me beijou, e desapareceu como um punhado de areia sendo carregado pelo vento.

Acordei com um lençol manchado, e um vazio no peito impossível de ser abrandado.

Vida sexual

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Este blog está tão movimentado quanto minha vida sexual...

Desculpem o abandono... Novos post's virão quando a vida liberar algum momento particularmente inspirador.

Simbiose

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

O óculos de aro fino e delicado foi arrancado de seu rosto, desnudando com aspereza os olhos castanhos que brilhavam de tesão. Ele se deteve alguns segundos, encantado, observando o que fora revelado pela última peça que caíra. Ela ofegou, fechou os olhos como quem pede a atenção para outra parte de seu corpo. Sentada em seu colo inclinou sua cabeça de lado e afastou o cabelo.

Ele entendeu o recado e não hesitou. Segurou forte em seu cabelo e avançou pelo pescoço. Respirava com força e a apertava contra seu corpo, sentia o suor de ambos se misturando e o cheiro sutil do perfume se confundindo ao odor do sexo. Tomada pelo calor, afastou-o puxando pelos cabelos e mordeu o lábio, suspendeu um pouco seu corpo ofertando os seios volumosos.

Avançou com vontade, apertando ambos em suas mãos. Beijou os mamilos com cuidado, hora passando a língua com delicadeza hora os prendendo com os lábios. Ela arranhava suas costas de tesão. Os gemidos alternados com os suspiros, o som suave de sua voz rouca bloqueado pela boca que fechava tentando conter o prazer que não mais cabia no interior de seu corpo esguio.

Com um movimento determinado ele inverteu a posição. Deitado em cima dela, aprisionado pelas pernas trançadas em suas costas, ele avançou. A boca não mais bloqueou o gemido que com a penetração se tornou quase um grito. Os corpos agarrados, deslizavam, suavam e se arranhavam. Os beijos desvairados se revezavam aos sorrisos formados pelo prazer de oferecer prazer.

Um prazer imenso que termina no grito surdo da garganta, que não pode emitir um som apropriado para o orgasmo honesto de dois corpos que se satisfazem.

Tédio crônico e a festa.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Em mim, o tédio é crônico. Não mais crônico que a preguiça, mas igualmente crônico. O fato é que em geral o mundo não me diverte.

Não me interesso por multidões, não suporto "baladas", passo longe de música rítmica e alta. Alguns dizem que a vida é uma festa. Eu digo, é uma festa chata e muito mal freqüentada.

Existem alguns parcos momentos de tédio abrandado. Eventualmente esbarro em alguma fulana levemente interessante e as coisas ficam mais suportáveis. No entanto são só raros momentos.

Muito maior é a freqüência com que esbarro com essas outras fulanas, essas que muitas vezes vem em uma embalagem promissora, mas vazia. Eu as vejo, sempre, faceiras e insinuantes. Desfilando com suas bundas perfeitas, seus seios firmes, seu cabelo liso e sua cabeça vazia. Deus, como elas me dão sono. Porém, são elas que garantem a sobrevivência da espécie já que a grande maioria dos homens perde tempo deixando o pau ereto para que elas usem. Deus, como isso me da nojo.

Algumas, particularmente gostosas, prometem mais que o normal. Já me deixei levar por essas, só pra satisfazer os desejos cegos do instinto. Deus, que perda de tempo. você tem que lidar com um ego maior que todo o planeta e mais alguns, agüentar horas de um jantarzinho regado a futilidade e imbecilidade para, só então, chegar aos finalmente.

Aos finalmente eu disse? Oras, melhor que fosse aos mais incrivelmente chatos finalmentes de toda sua vida. Segue-se uma seqüência de "não põe a boca ai+não ponho a boca ai+mete mais devagar". elas não gemem e não se preocupam com as preliminares. Não ficam por cima, só fazem de luz apagada e transformam o cabelo em um templo sagrado que nunca, jamais, deve ser tocado. Deus, isso é sexo mesmo? Aonde esta aquela promessa toda?

Mas estou generalizando, não são todas as mulheres estupidamente bonitas que são assim, só 99% delas. Em algum lugar sempre irá haver aquela mulher linda, boa de cama e com um cérebro que, por si só, já te deixa de pau duro. São raras, mas existem, e quando encontramos uma a festa da vida fica realmente interessante.

Sexo anal

domingo, 2 de dezembro de 2007

Resolvi esperar por ele vestida com um espartilho preto de renda francesa e um desabillé de tule por cima. Assim que ele tocou eu abri a porta e fomos nos beijando até a cama.
O vinho tinha me deixado um pouco tonta, o suficiente para ficar completamente desinibida e oferecer o que ele nunca tinha pedido antes:
_Quer comer meu cu?
Não sei bem o que ele pensou. Mas você já viu algum homem dizer que não?

Realizando fantasias

domingo, 18 de novembro de 2007

Estávamos no carro quando tive a idéia:
_Abaixa a calça agora!
_Como assim? A gente está no meio de uma rodovia!
Claro que a cachaça tinha tirado todo e qualquer juízo que eu ainda tivesse:
_Pode abaixar. Sempre quis fazer isso.
Indeciso, mas cheio de expectativa, ele me obedeceu.
Em alguns instantes eu o chupava com vontade. Metia seu pau todo na minha boca e parava de vez em quando só para olhar a cara de tesão dele. Acho que nada me deixa mais excitada do que ver que ele está a ponto de gozar.
Ele anuncia que falta pouco e eu continuo com mais vontade ainda, só para que ele goze em minha boca.
Levanto sorrindo e percebo que estamos a 40Km/h na rodovia.
_Não estamos um pouco devagar?
_Você já tentou gozar e dirigir ao mesmo tempo?
Rimos juntos um riso cúmplice e deixei o vento bagunçar meus cabelos enquanto antevia o que ele ia fazer comigo quando chegássemos...

Gemido

E lá estávamos, nos pegando no sofá.

A noite foi boa, a garrafa de vinho estava excelente, o que se seguiu foi inevitável. E nos beijávamos, hora com força, hora com calma. Minhas mãos procuraram seus seios, macios, firmes, grandes o suficiente para não caberem em minha boca. Mas eram uma delícia. Eu os chupava com gosto, passava a língua pelos mamilos, engolia, apertava, voltava para a boca e a beijava com com vontade.

Ela abriu minhas calças e pegou em meu pau com delicadeza. Lambeu devagar, olhou nos meus olhos e engoliu. Chupava com gosto enquanto me masturbava, as vezes parando um pouco para colocá-lo entre seus seios. Seguia com a espanhola, lambia novamente ainda mantendo ele entre seus seios e depois voltava a chupar.

Pedi para que ela sentasse no sofá novamente e abrisse as pernas. Me ajoelhei no chão e comecei a beijar aqueles outros lábios, tão gostosos quanto os da boca. Chupava tudo devagar, passava a língua em tudo. Prendia seu clítoris em meus lábios e a masturbava com o dedo. E assim fiquei até ouvir ela dizendo baixinho - Vem, eu quero você dentro de mim - e eu fui.

Sentei novamente no sofá e bati com as mãos na coxa, simbolizando o óbvio. Ela me atendeu prontamente, montou em mim e começou a se mover. Me apertou com força de encontro a ela e chegou sua boca perto de minha orelha. Seu gemido me dava tesão, começava baixo, uma respiração mais forte, uma expiração que saia pela boca. Depois mudava para um som produzido na garganta, indo e vindo conforme eu a penetrava. Não demorou para ele aumentar e se tornar presente.

Um gemido alto, constante, que pedia mais. Que me indicava quando queria mais forte. E eu atendia. O gemido me xingava, falava sacanagens, tinha voz de comando. E foi ele quem ordenou - Goza em mim, goza pra mim - e eu não agüentei o tesão de ouvir aquele pedido. Gozei, emitindo meu próprio gemido espasmódico, apertando aquela bunda sentada em meu colo. O torpor é imediato, mas eu não podia parar. Puxei sua bunda com as mãos, pedindo pra ela continuar.

E ela continuou. Rebolando, subindo e descendo, mexendo devagar e mudando o rítimo conforme sentia vontade. O gemido voltou ainda mais forte e mais rápido, ainda mais gostoso, pedindo cada vez mais eu dentro dela. E eu pude sentir seu orgasmo chegando, primeiro sua mão apertando meu cabelo, depois suas coxas se contraindo e por fim o som alto do gemido que alcança seu ápice liberando todo o tesão acumulado.

Seu rosto virado pra cima, seu quadril se mexendo lentamente e sua língua passando em seus lábios. Logo nada restava, nem do gemido, nem do orgasmo.

Só dois corpos nus sonolentos e suados.